À Calíope

terça-feira, 22 de março de 2022

The Letter Writer (?), Johanne Mathilde Dietrichson

Gosto da escrita.

Não que eu escreva bem, é verdade.

Aliás, sou um mentiroso sentimental, um sentimentalista imaginativo convertido às letras, que engatinha pelas linhas em branco de um papel pautado e nelas derrama as lágrimas de suas tristezas e imprime a imagem de seus sorrisos; sou um filósofo de botequim que se embriaga com as observações cotidianas e as anota num guardanapo sujo.

A fotografia é uma paixão; é o registro sinestésico dos sentimentos alheios — mas não dos meus; é a possibilidade de presentear a outros com as memórias de suas próprias emoções.

Contudo, é através da escrita que exprimo meus próprios sentimentos e registro minhas próprias observações.

Escolho a escrita.

Talvez soe como egoísmo de minha parte, a expansibilidade cristalina destas palavras, mas sem minha escrita também não haveria minha fotografia, pois eu me afogaria na represa de meu próprio coração.

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Escrever é, antes de tudo, o abstracionismo dos pensamentos, das alegrias, dos lamentos e todos os sentimentos que transpassam a alma humana. É o transbordar filosófico e poético dos mares do pensamento.

Debruce os sentimentos de sua alma sobre este espaço, caro leitor.

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