Gravado como a fogo em minha consciência, ficou mais uma vez a certeza de minha total corrupção — a depravação de meu sombrio coração — neste outro dia que se foi.
Há muito deixei a pueril inocência da tenra idade e lancei-me à maldade de meu espúrio coração quando a carne, outrora adormecida, libertou-se de sua crisálida, lançando-me de vez nesta desmurada prisão.
Perdão. É disso que eu necessito como um mendigo que o próprio pão não pode comprar, cuja fome o faz mendigar e clamar pelas ruas: “migalhas de pão seco para um pobre esmoleiro que a própria comida não pode comprar”.
Perdoa-me pelos pecados convictos, pelos que cometo escondido e os que pratico sem nem perceber, pois são mais altos que a minha cabeça; fardo pesado, por mim carregado, como uma caleça sem rodas.
Gravado como a fogo em minha consciência, ficou mais uma vez a certeza de minha total corrupção — a depravação de meu sombrio coração — neste outro dia que se foi.
- segunda-feira, 22 de abril de 2019
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