Poeta morto

quarta-feira, 1 de setembro de 2021


Não possuo românticas habilidades.
Nem violão, nem piano, nem canto...
Não me cobre as aridezes, o manto
das palavras dos poetas brilhantes.

Uma constelação de astros ilumina
a sepultura fria de um poeta morto,
semelhante à lua sobre um aborto,
que empalidece sua face cretina.

Olha, escuta meu grito do sepulcro.
Se não me ouves, sou um defunto
envolto na melancolia do não-falar.

Mas olha bem, escuta meu sussurro.
Quiçá estou vivo atrás destes muros
aguardando o fiel amor me exumar.

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Escrever é, antes de tudo, o abstracionismo dos pensamentos, das alegrias, dos lamentos e todos os sentimentos que transpassam a alma humana. É o transbordar filosófico e poético dos mares do pensamento.

Debruce os sentimentos de sua alma sobre este espaço, caro leitor.

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