Paz e tranquilidade

quarta-feira, 18 de julho de 2018


Eu desejo isso com paz e tranquilidade, mais que banquetes e luxuosidades com brigas e desavenças:

O arrulhar alegre dos pássaros na janela com a chegada da chuva de verão, a qual barulha ao cair no telhado de madeira e no assoalho de carvalho da varanda.

O cheirinho de terra molhada ao som das goteiras que tocam harmoniosas melodias enquanto enchem um balde de alumínio amassado, o qual por vezes fora mergulhado no poço de água doce e cristalina e emergido de volta à superfície ao som rouco e estridente da manivela outrora lubrificada.

O aconchego da família amontoada sobre uma cama velha, forrada por quadriculadas cobertas remendadas, na companhia dos animais de estimação, os quais proporcionam os risos mais bobos e deliciosos dos filhos mais novos.

Um punhado generoso de farinha de mandioca com caíco assado, pescado em abundância às margens do rio mais próximo, em um prato de ferro pintado de um branco liso e enferrujado pelo tempo e um copo de vinho doce, bem fresquinho, sobre a mesa de madeira envelhecida, utilizada por gerações passadas.

Eu desejo isso com paz e tranquilidade, mais que banquetes e luxuosidades com brigas e desavenças.

Você Pode Gostar Também

0 comentários

Escrever é, antes de tudo, o abstracionismo dos pensamentos, das alegrias, dos lamentos e todos os sentimentos que transpassam a alma humana. É o transbordar filosófico e poético dos mares do pensamento.

Debruce os sentimentos de sua alma sobre este espaço, caro leitor.

Todos os Direitos Reservados

Seguidores