Martíres

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Cristãos perseguidos e mortos

Presos e encarcerados estão eles, prontos para serem torturados antes de sofrerem uma morte tão fria e cruel por seus carrascos. Mortos serrados ao meio, degolados, metralhados. Possuem apenas suas salgadas lágrimas para, enquanto queimados vivos de joelhos, regar o fogo que os consome em roda e arde por todo o corpo sem que possam fazer mais nada.

São arrastados sobre pedregulhos, enquanto amarrados pelos pés, por cavalos selvagens, lançados em valas e enterrados como indigentes — mas o seu Senhor os conhece bem. Pisoteados, esmagados e dilacerados por feras famintas. Lançados nos estádios para divertimento sórdido de uma plateia corrupta e sanguinária que, enquanto comem pão, embebedam seus olhos no sangue e no sofrimento alheio.

Membros são cortados — pés, mãos, orelhas —, vísceras e órgãos arrancados enquanto dão os últimos suspiros. Contudo não negam a convicção que possuem. Loucos? — aceitam morrer apenas por um ideal. Não! Antes sábios: entregam suas vidas afim de tornar a obtê-la novamente — desta vez para nunca mais alguém tornar a toma-la.

Com o sangue do seu martírio regam o mundo pela verdade afim de que outros, como eu, nasçam do pleno conhecimento dela e, por ela, estejam dispostos a morrer.

Mas quanto a mim, estou, por essa verdade, disposto a morrer?

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Escrever é, antes de tudo, o abstracionismo dos pensamentos, das alegrias, dos lamentos e todos os sentimentos que transpassam a alma humana. É o transbordar filosófico e poético dos mares do pensamento.

Debruce os sentimentos de sua alma sobre este espaço, caro leitor.

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