Últimas palavras

terça-feira, 25 de maio de 2021

Sucumbindo à esterilidade do idealismo, Eric Jhon (2021)
Há tanto já não escrevo.
Penso ser comum aos mais férteis campos poéticos o estio das palavras.
Transcrevo — tanto quanto escrevo com caneta e papel nestes tempos de teclas e toques — os idealismos abstratos, os abstracionismos filosóficos de minha inquieta mente — alma.
Já não escrevo, como no passado, sobre os vagos vagões que passaram pelos trilhos de minha mente, trilhos como trilhos de uma ferrovia, como uma estrada fria e deserta.
Já não via — e mesmo agora não vejo — os lampejos de uma cristalina sofia; e meu corpo esmorece, e meu coração definha pelos fartos campos da insensatez.
Calou-se a sinfonia prudente dos sabiás, dos canários, das cotovias, que resvalava pela janela em frente à escrivaninha de onde escrevo estas últimas palavras e aguardo a remissão de minha mente para a criatividade cristalizada das primeiras.

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Escrever é, antes de tudo, o abstracionismo dos pensamentos, das alegrias, dos lamentos e todos os sentimentos que transpassam a alma humana. É o transbordar filosófico e poético dos mares do pensamento.

Debruce os sentimentos de sua alma sobre este espaço, caro leitor.

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