Piloto às cegas

segunda-feira, 6 de maio de 2019


Em toda sua extensão,
Contemplas o tempo:
Passado, presente, póstero.
Enquanto preso, eternamente permaneço,
Sempre numa mesma direção.

Não diviso o futuro,
Nem o que virá.
Bastante é para mim
Saber que estás lá.

Sabes o que além ocorre
Pois para ti já aconteceu.
Vês as minhas quedas
Também minhas tagaredas
Pelo que nem ainda sucedeu.

Sou barro, matéria
Presa ao espaço-tempo.
Só tu podes me guiar:
Um piloto às cegas
Viajando no tempo
Sem saber o que o espera
Nem o que virá.

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Escrever é, antes de tudo, o abstracionismo dos pensamentos, das alegrias, dos lamentos e todos os sentimentos que transpassam a alma humana. É o transbordar filosófico e poético dos mares do pensamento.

Debruce os sentimentos de sua alma sobre este espaço, caro leitor.

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