A cada dia

sexta-feira, 18 de novembro de 2016


A cada dia que passa
O mundo só piora
E não há mais chance alguma de melhora,
Pois a humanidade,
Em sua vaidade,
Se deteriora
Achando que esta é natural.

A cada dia o amor só esfria
E eles acham ruim não sermos suas companhias,
Correndo com eles,
Rumo à perdição,
Na mesma carreira de dissolução.

A cada dia a violência só aumenta:
É pai contra filho,
É filho contra pai,
Lutos e prisões a mais,
Sem, contudo, se aperceberem
Que tudo se esvai
E o fim se registra nas páginas dos jornais.

A cada dia eu percebo,
Ainda que sendo um mancebo,
A minha necessidade de rejeitar tal patriação
Que este mundo tenta me impor.
Maléfica ação.

A cada dia me dou conta que não sou daqui
E desejo, sem vontade de ficar,
Deste lugar, partir
Para só voltar por mais mil anos,
Não neste casebre humano,
Decadente e miserável
Mas numa mansão totalmente incomparável.

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Escrever é, antes de tudo, o abstracionismo dos pensamentos, das alegrias, dos lamentos e todos os sentimentos que transpassam a alma humana. É o transbordar filosófico e poético dos mares do pensamento.

Debruce os sentimentos de sua alma sobre este espaço, caro leitor.

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